E não será
a ideia de declamar
para uma sala vazia,
aquilo,..
aquilo,
que nos mantém acesos?
É que somos maus,
há um gosto pelo drama.
23.5.08
8.4.08
28.1.08
banda sonora para estudar para os exames - parte 1.
Say that you'll stay a little
dont say bye-bye tonight
say you'll be mine
just a little bit of love
is worth a moment of your time.
Knockin' on your door just a little
it's so cold outside tonight
let's get a fire burning
oh I know I'll keep it burning bright
if your stay, wont you save, save
Save room for my love
Save room for a moment to be with me
Save room for my love
Save a little, save a little for me
Won't you save a little
Save a little for me
This just might hurt a little
love hurts sometimes when you do it right
dont be afraid of a little bit of pain
pleasure is on the other side.
Let down your guard just a little
i'll keep you safe in these arms of mine
hold on to me pretty baby
you will see I can be all you need if you stay
won't you save, save
Oh c'mon, make time to live a little
don't let this moment slip by tonight
you'll never know what you're missing
'till you try, ill keep you satisfied if you stay
won't you save, save
dont say bye-bye tonight
say you'll be mine
just a little bit of love
is worth a moment of your time.
Knockin' on your door just a little
it's so cold outside tonight
let's get a fire burning
oh I know I'll keep it burning bright
if your stay, wont you save, save
Save room for my love
Save room for a moment to be with me
Save room for my love
Save a little, save a little for me
Won't you save a little
Save a little for me
This just might hurt a little
love hurts sometimes when you do it right
dont be afraid of a little bit of pain
pleasure is on the other side.
Let down your guard just a little
i'll keep you safe in these arms of mine
hold on to me pretty baby
you will see I can be all you need if you stay
won't you save, save
Oh c'mon, make time to live a little
don't let this moment slip by tonight
you'll never know what you're missing
'till you try, ill keep you satisfied if you stay
won't you save, save
4.12.07
Que bonito.
"Mas porque é que a gente não se encontra
No largo da bica fui-te procurar
Campo de cebolas e eu sem te encontrar
Eu fui mesmo até à casa do fado
Mas tu não estavas em nenhum lado
Mas porque é que a gente não se encontra
Mas porque é que a gente não se encontra
Já estou sem saber o que hei-de fazer
Se seguir em frente ai madre de deus
Se voltar a trás ai chiados meus
E o rio diz que tarde infeliz
Mas porque é que a gente não se encontra
Mas porque é que a gente não se encontra
Já estou farta disto farta de verdade
Vou beber a bica sentar e pensar
Ver se esta saudade ai fica ou não fica
E talvez sem querer não querem lá ver
Sem te procurar te veja passar
Sem te procurar te veja passar."
1.9.07
Exames..
Estou numa sala de estudo na minha faculdade, o Aquário. E estou aqui desde as 17.30, mais ou menos. Alguns dos que aqui ainda sobram, já cá estavam quando cheguei. E ninguém parece tão farto de aqui estar como eu. Nem os que aqui estão sozinhos, como eu.
Na minha escola as pessoas, ou muitas delas, gostam do que fazem - estudar. Eu, só consigo ver isso como um meio para chegar a um fim. É por isso que me farto tanto, que fico tão cansada deste sítio. E não só. Lá fora esteve um dia fantástico, num sábado, em que eu poderia perfeitamente estar à beira de uma praia, piscina, rio..
Não há cantinas, não há bares, não há colegas. Só o imenso fardo de ter de estudar para um exame de época especial.
Isto não interessa nada, a ninguém. Mas só quis dizer que uma sala de estudo em Setembro é um sítio onde me sinto, verdadeiramente, à margem.
Na minha escola as pessoas, ou muitas delas, gostam do que fazem - estudar. Eu, só consigo ver isso como um meio para chegar a um fim. É por isso que me farto tanto, que fico tão cansada deste sítio. E não só. Lá fora esteve um dia fantástico, num sábado, em que eu poderia perfeitamente estar à beira de uma praia, piscina, rio..
Não há cantinas, não há bares, não há colegas. Só o imenso fardo de ter de estudar para um exame de época especial.
Isto não interessa nada, a ninguém. Mas só quis dizer que uma sala de estudo em Setembro é um sítio onde me sinto, verdadeiramente, à margem.
24.5.07
21.2.07
Se eu pudesse..
mandava todas as pessoas burras para vénus.
fazia o carnaval ser um mês.
juntava todas as flores do mundo num ramo só.
pintava todas as roupas de cor-de-rosa.
gritava alto todas as manhãs.
e depois,
dormia até me apetecer.
fazia o carnaval ser um mês.
juntava todas as flores do mundo num ramo só.
pintava todas as roupas de cor-de-rosa.
gritava alto todas as manhãs.
e depois,
dormia até me apetecer.
30.12.06
Conheci uma menina (XVIII) - a Vera não morreu.
A Vera mora comigo, agora. É uma miúda fantástica. Esta semana estive a tentar ensinar-lhe, mais que em todos os outros dias, valores importantes. Expliquei-lhe que as pessoas boas habitam a nossa vida todos os dias e que só temos de fazer um esforço para que também nos reconheçam como tal. Que nem sempre corre tudo bem, mas que, apesar de tudo, quer queiram quer não, farão sempre parte da nossa vida.
Num destes dias, enquanto estávamos a lanchar, expliquei à Vera que, o que importa, é fazer ver às pessoas boas, que nós partilhamos os mesmos valores. E que era neste capítulo que entravam as boas acções, a amizade, o dar a mão.
Ao que ela me perguntou:
-Há um menino na minha sala que é bonzinho. Gosto muito dele. Mas ele não fala comigo. Achas que devia ir dar a mão a ele no recreio? Ele tem sempre as mãos cheias de areia.
Só pude conter uma gargalhada e continuar:
-Dar a mão.. Imagina que esse menino caía num buraco muito grande. Tinhas de lhe dar a mão para o ajudar a sair de lá, não é?
-Pois. - e como é fantasticamente inteligente, - O.K. Dar a mão é como tirar o Miguel do buraco.
-Sim Vera.
-Dar a mão é ajudar.
Por dentro rejubilei. É tão bom poder partilhar a minha vida com uma miúda como a Vera.
Soube desde a primeira vez que a vi que aqueles olhos grandes ser-me-iam confiados.
Nisto, o copo de leite com chocolate da Vera cai ao chão, estilhaçando-se.
-Aiiii! Dá-me a mão!
Enquanto apanhava os vidros e lhe limpava o vestido branco, não pude conter o riso.
Num destes dias, enquanto estávamos a lanchar, expliquei à Vera que, o que importa, é fazer ver às pessoas boas, que nós partilhamos os mesmos valores. E que era neste capítulo que entravam as boas acções, a amizade, o dar a mão.
Ao que ela me perguntou:
-Há um menino na minha sala que é bonzinho. Gosto muito dele. Mas ele não fala comigo. Achas que devia ir dar a mão a ele no recreio? Ele tem sempre as mãos cheias de areia.
Só pude conter uma gargalhada e continuar:
-Dar a mão.. Imagina que esse menino caía num buraco muito grande. Tinhas de lhe dar a mão para o ajudar a sair de lá, não é?
-Pois. - e como é fantasticamente inteligente, - O.K. Dar a mão é como tirar o Miguel do buraco.
-Sim Vera.
-Dar a mão é ajudar.
Por dentro rejubilei. É tão bom poder partilhar a minha vida com uma miúda como a Vera.
Soube desde a primeira vez que a vi que aqueles olhos grandes ser-me-iam confiados.
Nisto, o copo de leite com chocolate da Vera cai ao chão, estilhaçando-se.
-Aiiii! Dá-me a mão!
Enquanto apanhava os vidros e lhe limpava o vestido branco, não pude conter o riso.
9.11.06
somebody's baby
haven't laughed this hard in a long time
i better stop
now before I start crying
go off to sleep in the
sunshine
i don't want to see the day when it's
dying
she's a sight to see, she's good to
me
but i'm already somebody's baby
i better stop
now before I start crying
go off to sleep in the
sunshine
i don't want to see the day when it's
dying
she's a sight to see, she's good to
me
but i'm already somebody's baby
4.11.06
2.11.06
Gostar.
“Fico espantada quando dizem que gostam de mim (…) Não gosto da maioria das pessoas.”
Agustina Bessa Luís
Agustina Bessa Luís
19.9.06
Fala.
Fala a sério e fala no gozo
Fá-la pela calada e fala claro
Fala deveras saboroso
Fala barato e fala caro
Fala ao ouvido fala ao coração
Falinhas mansas ou palavrão
Fala à miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe
Fala francês fala béu-béu
Fala fininho e fala grosso
Desentulha a garganta levanta o pescoço
Fala como se falar fosse andar
Fala com elegância - muito e devagar.
Alexandre O'Neil
Fá-la pela calada e fala claro
Fala deveras saboroso
Fala barato e fala caro
Fala ao ouvido fala ao coração
Falinhas mansas ou palavrão
Fala à miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe
Fala francês fala béu-béu
Fala fininho e fala grosso
Desentulha a garganta levanta o pescoço
Fala como se falar fosse andar
Fala com elegância - muito e devagar.
Alexandre O'Neil
9.9.06
29.7.06
Conheci uma menina (XVII) - local heroes and international superstars.
Estávamos todos. A Vera, eu, e os amigos e os amantes. Havia amor no ar. Inundámos a estação dos comboios de uma paixão avassaladora, potente, com crosta de indestrutível, sob os 43ºC que se faziam sentir. Tínhamos, nós as meninas, as t-shirts, os tops, os bikinis, as saias e as calças coladas ao corpo. Havia suor a saber a sal e escorria pelas nossas pernas. Os rapazes, mais ou menos desportivos, mais ou menos bronzeados, traziam as camisas ou as t-shirts amarrotadas. Pudera, a viagem de carro tinha sido estafante, e os seus ombros foram colos irrepreensíveis na cura dos nossos sonos, atrasados. Para além disso, estávamos todos bem-dispostos. Ganchos no cabelo, malas coloridas, chinelos nos pés queimados - nós. Cabelo queimado do sol, bronze fantástico e namoradas bonitas - eles.
De vez em quando fazíamos beicinho, provocávamos. Gostávamos de saber que eles viviam por nós. Pedíamos que nos dessem as garrafas de água, morna, e ao bebê-la com sofreguidão acabávamos por entorná-la em nós. Era de propósito, nós sabíamos e eles também. Mas mesmo assim não deixávamos de fazer a cena do 'oh e agora?'. Vestidas de uma roupa que era nada mais que isso mesmo, transparente, eles sentiam-nos quentes, queridas, prontas e soltas.
Ao fim de cerca de 20 minutos, o comboio chegava.
Corremos todas as carruagens, já em andamento, na procura de uma zona onde houvessem lugares suficientes para irmos juntos.
Ocupámos os lugares vazios de alguém que nao comprara aqueles bilhetes e seguimos. Os corpos latejavam e colavam-se. 37ºC.
A viagem fazia sentir-se longa, por isso, esperámos. Afinal, o ano tinha sido passado a desesperar.
De vez em quando fazíamos beicinho, provocávamos. Gostávamos de saber que eles viviam por nós. Pedíamos que nos dessem as garrafas de água, morna, e ao bebê-la com sofreguidão acabávamos por entorná-la em nós. Era de propósito, nós sabíamos e eles também. Mas mesmo assim não deixávamos de fazer a cena do 'oh e agora?'. Vestidas de uma roupa que era nada mais que isso mesmo, transparente, eles sentiam-nos quentes, queridas, prontas e soltas.
Ao fim de cerca de 20 minutos, o comboio chegava.
Corremos todas as carruagens, já em andamento, na procura de uma zona onde houvessem lugares suficientes para irmos juntos.
Ocupámos os lugares vazios de alguém que nao comprara aqueles bilhetes e seguimos. Os corpos latejavam e colavam-se. 37ºC.
A viagem fazia sentir-se longa, por isso, esperámos. Afinal, o ano tinha sido passado a desesperar.
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