30.7.05

Conheci uma menina (V)

Nunca a tinha visto assim. Encontrei-a no jardim ao lado da escola. Estava suja dos pés à cabeça pequenina. O vestido outrora branco com uma mancha de gelado, quase puído. Os caracóis sem o brilho habitual daquele cabelo escuro. Tudo ao contrário.
Sentámo-nos na relva áspera e desejei mais que tudo naquela altura que a seca fosse uma miragem. A relva estaria macia. Viva.
A Vera começou a contar-me, antes de lhe perguntar o que quer que fosse, que perdera 3 botões do vestido e que a mãe lhe dissera com uma expressão severa, ironicamente falsa, que não havia problema. Sentira-se, então, culpada.
Fiquei na dúvida daquilo que eu própria sentia. Senti a estupidez toda e o absurdo de não ser eu a mãe daquela Vera. Que me caíra na vida com o mesmo impacto de um meteorito e o encaixe de água entre areia. Mas sabia que não gostava de miúdos. Toda a vida o dissera.
Disse-lhe: "Oh Verinha, não sejas tola. Vamos comprar um vestido. Branco, pode ser? Nunca te vi de branco."
E depois quase morri de espanto quando a Vera me respondeu: "Adoro a tua imperfeição."

25.7.05

Sina

Esperam-me 3 dias a ver bifas de banhas à mostra, holandeses bêbedos, ingleses bêbedos e bifas de banhas à mostra.

É óbvio eu sei.
Algarve here we (hic!) go. (hic!).

24.7.05

Rimas IV

Brinde:

Ao nosso shot, ao teu decote, e que nunca vás pró sexy hot apanhar no pacote!

22.7.05

Rimas III

Como é, bebé?

Conheci uma menina (IV)

Encontrei a Vera na rua. Ia sozinha. Correu para mim quando me viu. Devíamos estar a uns 100 metros. Tropeçou nas pedras irregulares do passeio, caiu e esfolou os dois joelhos. Sangrou imenso e eu dei-lhe lenços para estancar a ferida.
Fomos comer um gelado, talvez a acalmasse. Está de férias faz tempo e não tem andado feliz, faz tempo também. Trouxe-lhe um Corneto Soft de Avelã e sentámo-nos. A Vera continuava a tremer e estava visivelmente nervosa. Soltou o corneto das mãozinhas quentes e pequenas deixando-o aterrar no vestido branco. Fomos embora..
Dei-lhe um abraço apertado, não sufocante. Expliquei-lhe que não fazia mal e que estas coisas acontecem de vez em quando. E fui ficando com a camisa encharcada do seu abraço.
Então a minha Verinha explodiu. Gritou-me que era uma desastrada, que não podia fazer nada como os amigos, que estragava tudo aquilo em que mexia. Tinham tanto medo aqueles olhos.
Sorri-lhe, achei piada.
Não estava a rir-me dela, estava a rir-me com ela. No choro dela. Estava a rir naquele choro. Partilhámos a mesma alma durante 3 segundos.
E proferi finalmente: "Vera tu não podes ser diferente de mim. Está em ti.".

Rimas II

Oh flor, dá pra pôr?

Rimas I

Oh menino, campainha ou sino?

15.7.05

Os malfadados exames

Posso dizer que a partir de hoje e até Setembro (pelo menos), estou VERDADEIRAMENTE de férias. Esgotaram-se as remotas hipóteses de ter de ir à 2ª fase de exames!
Passei a tudo e agora, quer entre na 1ª, 2ª ou 3ª opção dos cursos que escolhi, não há nada que possa fazer para alterar o rumo das coisas.
Estou sem nada para fazer.
Nada.
Nada.
Nada.

Nadinha.
Mesmo nadinha.
MESMO NADA!

6.7.05

Hoje!

Sei que não traz nada de novo a ninguém mas apetece-me escrever aqui que há já algumas semanas (quatro) que não me sentia tão leve e aliviada. Que o facto de o último exame até me ter corrido bem ainda me deixa mais despreocupada.
Estou de férias, finalmente.

Se acreditasse em auras e coisas do género, diria que a minha aura está branquíssima!
Vou aproveitar o estado de espírito e viver só por e para mim.



Volto um dia destes. Loura, de cabelo rapado, vegetariana, bronzeadíssima e tudo e tudo.
Bom Verão!

4.7.05

Sabes ou não sabes?

Eu sei que já escrevi sobre isto antes mas não faz mal.

Continuo sem perceber qual é a ideia daqueles que fingem saber tudo. Tu perguntas "ah..e isto..conheces?". Conhecem sempre. Mas é que não há nada que não conheçam.

Aqui há uns tempos até fiz um teste. Inventei uma marca de roupa e perguntei a uma amiga se ela conhecia e/ou gostava da tal marca. E não é que a rapariga era fanática!?..