18.1.06

outro dia 18

"Deixo para ti o que nunca te dei. Dei. Mas nunca te fiz sentir o que dava. Deixo-te toda a minha confiança, toda a minha paz. Que nunca te mostrei, mas que sabias (eu sei que sim!) que te estava prometida.
Um ano depois, sei que não houve outro dia tão triste, outro dia em que me fizesses tanta falta. Sei que não houve outro dia em que me custasse tanto aguentar tudo. O Sol, o vento, os choros. Fazes a falta do básico. Eras tão básica à minha volta. Fazias parte das pedras, parte dos meus ossos, de tudo o que fui até àquele dia. E às vezes eras má. Fazias de mamã. Como se tivesses o direito! (e tinhas, tinhas todo!). As vezes que me irritaste com o feitio provocador, o olhar de quem põe e dispõe das coisas como quer e lhe apetece.
E é por me teres feito sentir revolta e amor que me fazes tanta falta.
É por isso que um ano depois não estás enterrada em mim."

é só outro dia 18..

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